Pena de morte
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segunda, 02 de junho de 2025

Na semana passada, no meu artigo, abordei dois casos hediondos: Um deles, cidadão de Taquara,  abusava de centenas de menores, tendo em seu poder mais de 700 fotos das vítimas nuas, que ameaçava publicá-las caso não concordassem com seus sórdidos intuitos. Outro, morador de Alvorada, matara seus quatro filhos, como vingança da ex-mulher que tinha se separado. Os nomes dos filhos eram Yasmim de 11 anos, Donavan de 8 anos, Giovanna de 6 anos e Kimberlly de 3. O réu teria dopada as crianças, levando-as para o quarto sob a alegação de que iriam dormir. Matou a facadas as três primeira e a última por asfixia. 

Qualquer ser humano se revolta com estes fatos bestiais, não encontrando comparação nem entre os animais. Pegar nas mãos os próprios filhos, anestesiá-los e depois tirar-lhes a vida com uma faca. Certamente teria desferido inúmeros golpes. O sangue teria jorrado das aberturas, atingindo o próprio rosto. E agora? Qual castigo? Uma pessoa assim, ainda merece viver? Mesmo que vá para a cadeia, em teoria para ser ‘socializada’, durante a máxima pena de 40 anos, estaria pagando o seu crime?

No Brasil a pena de morte foi abolida. Segundo o Google, dados de 2.022, foram aplicadas penas de morte, em  52 países, num total de 2.016 vitimados. As maiores  foram executadas na China, várias centenas, no Irã 576, na Arábia Saudita 196, no Egito 24 e nos EE.UU. 18. Os métodos de extermínio são decapitação, enforcamento, injeção letal, cadeira elétrica e tiro. Uma pesquisa da Data Folha, em nosso País, revelou que 43% da população seria a favor da pena de morte e 52% seria contra.

Eu mesmo penso que este meu artigo é, como se diz popularmente, um buraco na água. Não terá praticamente nenhuma repercussão prática. Nossas Autoridades e nosso Sistema Jurídico simplesmente virarão a página sobre o assunto. Mesmo assim, rabisquei estas linhas para que a população tome consciência e comece a se posicionar sobre tão importante assunto qual seja, a  VIDA HUMANA. O Catecismo, sob número 2266 é taxativo: “É ensinamento da Igreja o direito e o dever da legítima autoridade pública infligir penas diante de graves delitos, SEM EXCLUIR a pena de morte”. No Antigo Testamento esta penalidade era normal, até diante de um simples deslize sexual como no caso da adúltera, colocada diante de Cristo, em que exigiram apedrejamento. Li que  o primeiro mártir do Cristianismo foi Santo Estêvão      morto a pedradas, enquanto Paulo, na época perseguidor da Igreja, segurava suas vestes.

Parece que a nossa sociedade curte uma certa ojeriza a tudo o que cheira violência. E quando um policial ou brigadiano usa de força exagerada ou mesmo dispara a sua arma, a tendência é sempre culpar o homem da farda. Jamais ouvi dizer que um policial teria agredido um cidadão que estava rezando o terço ou lendo a Bíblia... Neste domingo, o Evangelho prega  o Mandamento de Cristo: “Amai-vos COMO eu vos amei e NISTO reconhecerão que sois Meus discípulos”... Quiçá o preceito não caia no vazio, assim como o meu artigo?! A imprensa noticia não só guerra nas famílias, nas empresas, nas instituições, e até mesmo entre os países. Com facas e com bombas!!!

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