Idades e seu glossário
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sexta, 15 de agosto de 2025

A expectativa de vida é assunto que interessa aqueles que desejam viver para ver os netos e bisnetos assim como quem tem sede de viver e só quer saltar do trem na última estação. Só que viver mais implica em se cuidar a fim de que aja qualidade de vida e a velhice chegue doce e feliz. São vários os fatores que influenciam a expectativa de vida (alimentação, ambientais, poluição, saneamento, educação, serviços de saúde, etc.) relacionados diretamente com a melhoria das condições de vida da população. Tanto que, entre 1950 e 2010 houve um avanço de 20 anos na expectativa de vida, porém, de forma desigual entre países desenvolvidos (Japão 86, Mônaco 85, França/Itália/Suíça/Espanha 84) e os países subdesenvolvidos como o Brasil cuja taxa oscila em 72 anos, ficando como últimos países da lista o Zimbábue 44 e a Suazilândia 42. Concomitante as melhorias da sociedade contemporânea, estão os inúmeros tratamentos estéticos que retardam os sinais da idade fazendo com que pareçamos mais jovens do que nossa idade cronológica. Tem pessoas que nem sentem os anos passarem, pois não se prendem a datação que o ritual dos aniversários impõe. Simplesmente não ligam se estão fazendo 25, 50 ou 60, apenas vivem da melhor forma possível. Talvez seja por isso que os orientais possuem uma sobrevida maior do que os ocidentais cuja cultura preconiza papéis a cada estágio de vida como se formar, casar, ter filhos e se aposentar. E para tornar a coisa mais divertida, existem vários parâmetros que identificam cada idade, do ponto de vista médico aos neologismos que surgem na literatura não comprometida com o rigor científico sumarizados aqui como:

- Primeira idade: 0 – 11 (infância) e dos 12 - 20 anos (adolescência)

- Segunda idade: 21 – 34 (juventude) e dos 35 – 59 (meia-idade)

- Terceira idade: 60 - 77 anos e Quarta idade: 78 - 105 anos.

Merecendo às mulheres, nomenclaturas a parte:

- 30 anos – A Balzaquiana, oriundo da obra de Honoré de Balzac, “A mulher de 30 anos” em elogio a mulher “madura”, que ele descreve como mais equipada para seduzir e amar que as novinhas de seu tempo (estamos falando de 1829), o que hoje representaria uma mulher de 50.

- 40 anos – A Idade da Loba, termo originário do livro de Regina Lemos: "Quarenta: a Idade da Loba" que erroneamente foi atribuído a essa faixa etária quando na verdade se referia a mulheres de 40 que deram depoimento de como se tornaram lobas na revolução sexual da década de 60, quando tinham 20 anos.

- 50 anos - As "swofties", este neologismo fala de mulheres que, graças à sua genética, aos tratamentos estéticos e ao seu estilo, são admiradas e desejadas.

Terminologias a parte, sinta a idade que sua mente mandar, pois tem muita gente jovem com alma velha e vice-versa. Aceite e assuma sua idade, pois quando isso acontece nada desestabiliza a segurança em sermos nós mesmos, livres de crises por idade ou tentativas ridículas de voltar os anos com vestuário, linguajar e atitudes que não combinam com nossa realidade. Quem é fiel ao seu estilo sobrevive ao tempo com charme e elegância, imprimindo sua marca e inspirando quem inicia a caminhada.

 

Bons Ventos! Namastê.

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