Violência doméstica, furtos, estelionatos e tráfico de drogas estão entre os principais desafios enfrentados pela Polícia Civil de Frederico Westphalen no primeiro semestre de 2025. O delegado Jacson Oiliam Boni apresentou na manhã de quarta-feira, 16, durante entrevista no Estúdio de Conteúdo do AU, os dados referentes à atuação da Polícia Civil de Frederico Westphalen no primeiro semestre de 2025. Segundo ele, o momento também permite dialogar com a comunidade e tornar o trabalho policial mais transparente. “A atuação foi intensa nesses seis primeiros meses, com prisões, mandados de busca e operações”, destacou Boni.
Violência doméstica exige trabalho constante
De acordo com o delegado, a violência doméstica segue como uma das ocorrências mais frequentes na delegacia. “Não são casos complexos, mas aparecem em grande volume. E, quando a vítima chega, muitas vezes ela traz um histórico de anos de agressões físicas e psicológicas”, explicou Boni. O atendimento às mulheres envolve escuta qualificada, avaliação de risco, medidas protetivas, e encaminhamentos ao Judiciário. “Temos casos em que é necessário acompanhar a vítima até a casa ou ao hospital. A demanda é constante e delicada”, disse.
Furtos de pequena monta afetam a população
Outro problema recorrente são os furtos de pequeno valor. “É o tipo de crime que mais incomoda a população. Ninguém gosta de chegar em casa e ver que arrombaram a porta e levaram um objeto, mesmo que de pouco valor. Temos em torno de 10 a 15 indivíduos que vivem na rua, muitos em busca de dinheiro para comprar drogas. Eles furtam objetos pequenos, registros de água, portas de metal, qualquer item que possa ser vendido”, revelou o delegado responsável por FW.
Tráfico de drogas segue como desafio permanente O tráfico de drogas permanece como um dos focos de atuação das forças de segurança. “A Brigada Militar atua nos flagrantes e a Polícia Civil investiga para identificar os responsáveis pelas operações. A maioria das lideranças do tráfico em Frederico está presa, mas o problema continua. Quando um é preso, logo outro ocupa o lugar. Existe uma relação direta com outros crimes, como homicídios, extorsões, ameaças e a própria violência doméstica”, completou Boni.
Estelionatos se expandem com meios digitais
O delegado destacou que os crimes de estelionato também cresceram. “Temos muitos casos de golpes digitais, clonagem de WhatsApp, contatos falsos de bancos. Criamos um cartório especializado e conseguimos avançar nas identificações dos autores, embora a recuperação dos valores ainda seja difícil. São inquéritos complexos, com duração de um a dois anos. Muitas vezes os autores estão em outros estados. A prevenção é essencial”, afirmou Boni.
Câmeras ajudam na elucidação de crimes Boni também ressaltou a importância do videomonitoramento. “As imagens das câmeras foram decisivas para resolver casos como furtos de hidrômetros e de veículos. Temos o cercamento eletrônico nas entradas da cidade, mas dentro da cidade, as câmeras privadas fazem a diferença. “Mesmo os mais simples, adquiridos pela internet, podem ser eficazes e colaborar com as investigações”, finalizou Jacson Oiliam Boni.
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