A Casa Familiar Rural (CFR) de Frederico Westphalen completa 24 anos de história na próxima sexta-feira, 25. Para marcar a data, a escola vai reunir alunos, familiares e parceiros em um evento especial no salão do bairro Aparecida, na parte da manhã. A celebração reforça o compromisso da instituição com a formação integral de jovens do meio rural, por meio de uma proposta pedagógica diferenciada e transformadora.
Fundada em 25 de julho de 2001, a CFR nasceu da articulação de entidades ligadas à agricultura familiar, como sindicatos e secretarias municipais, e ganhou força com a participação da Universidade Regional Integrada (URI), campus de Frederico Westphalen. A partir de 2002, a escola iniciou a formação de jovens agricultores por meio da pedagogia da alternância, uma metodologia que mescla vivências práticas no campo com períodos de formação em regime de internato.
Pioneirismo
Em 2006, a escola conquistou um feito inédito. Foi a primeira do Rio Grande do Sul a ter seu projeto pedagógico com a Pedagogia da Alternância aprovado pelo Conselho Estadual de Educação, oficializando o ensino médio nessa modalidade. “Esse reconhecimento abriu caminho para outras escolas que hoje seguem os mesmos passos”, destaca a diretora, Dulcinéia da Silva Zonta.
Em 24 anos de atividades ininterruptas, a CFR já atendeu estudantes de mais de 17 municípios da região. Mais de 300 jovens agricultores foram formados, muitos deles com projetos de vida e profissionais consolidados em suas propriedades. “Nossa missão é contribuir com o desenvolvimento econômico e social do campo, oferecendo formação de qualidade e incentivando a permanência dos jovens no meio rural”, afirma Dulcinéia.
A formação alternada — uma semana na escola e duas nas propriedades — é a base de uma proposta que valoriza a experiência, o protagonismo e a identidade dos estudantes. Ao longo dos anos, a CFR tem sido reconhecida por seu papel na sucessão familiar e no fortalecimento das comunidades rurais. “A escola foi responsável por quebrar paradigmas. Mostrou que é possível estudar e permanecer no campo com dignidade, conhecimento e inovação”, reforça a diretora.
