A Secretaria Municipal de Saúde e do Departamento de Combate às Endemias iniciou uma campanha de conscientização para alertar a população sobre os riscos do Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), espécie altamente resistente que já possui registros confirmados no Rio Grande do Sul. A iniciativa busca informar a comunidade sobre formas de prevenção, locais onde o animal costuma se abrigar e os cuidados que devem ser tomados em caso de acidente.
O escorpião-amarelo é considerado um animal de grande risco porque pode sobreviver meses sem alimento ou água e se reproduzir mesmo sem a presença de um macho, o que favorece sua rápida proliferação. Essa característica aumenta a necessidade de vigilância e de medidas preventivas, principalmente em áreas urbanas. A campanha destaca a importância de manter casas limpas e ventiladas, eliminar entulhos e restos de materiais, evitar acúmulo de lixo e água parada e redobrar a atenção com roupas, toalhas e sapatos antes do uso, já que esses locais são frequentemente escolhidos pelo animal para se esconder.
Em caso de picada, a orientação é lavar o local com água e sabão, procurar imediatamente atendimento médico e jamais tentar sugar o veneno ou amarrar o membro atingido. Se possível, recomenda-se capturar ou fotografar o animal para auxiliar na identificação durante o atendimento.
Os dados reforçam a preocupação: desde 2020, foram registrados 58 acidentes com escorpiões no Rio Grande do Sul, sendo três somente em 2025, sem óbitos confirmados até o momento. No Brasil, os números são ainda mais expressivos. Em 2023 foram contabilizados mais de 200 mil casos de acidentes com escorpiões e 131 mortes, a maior parte envolvendo crianças, que são o grupo mais vulnerável.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que a colaboração dos moradores é essencial no enfrentamento ao problema. Em caso de acidente ou avistamento do escorpião, a recomendação é acionar imediatamente o Departamento de Combate às Endemias. Segundo a pasta, a atuação preventiva da administração, aliada à participação da comunidade, é fundamental para reduzir riscos e proteger a saúde da população seberiense.