Publicidade
Dia das Crianças
O Pequeno-Grande Milagre
Conheça a história de Samuel da Costa, jovem de três anos que possui hidrocefalia e encanta a todos com a sua alegria e inteligência
Por: Eduardo Faria
Publicado em: domingo, 12 de outubro de 2025 às 09:30h

O Dia das Crianças é uma data para comemorar a infância, promover os direitos e bem-estar infantis, além de conscientizar a população sobre a importância de proteger e cuidar dos pequenos. Amanhã, 12, muitas famílias irão celebrar a data ao redor de seus pequenos, trazendo a alegria e todo o amor que eles merecem. E é desta forma que a família de Cléia e Valdair da Costa irão comemorar a data ao lado do pequeno Samuel, de três anos.

Publicidade
Publicidade

O mais novo dos cinco filhos da família de Cléia, nascido na cidade de Porto Alegre, possui hidrocefalia, uma necessidade especial que caracteriza um acúmulo excessivo de líquor (o líquido que banha o cérebro) nas cavidades do órgão. E o acúmulo do líquido pode ocorrer por vários motivos, como a maior produção, menor absorção, ou até a dificuldade de circulação do líquor.

Desafios

No Brasil, estima-se que um a três a cada mil bebês nasçam com a condição de hidrocefalia. No caso de Samuel, a hidrocefalia foi descoberta aos três meses de gestação, quando Cléia foi ao hospital realizar um ultrassom, onde a enfermeira responsável já avisava a mãe que o filho necessitaria de muitos cuidados.

O período de descoberta da condição especial até o nascimento de Samuel, em 29 de novembro de 2022, foi de muito desgaste por parte da família Da Costa, que acabou recebendo muitas projeções negativas quanto a saúde da criança. “Tiveram pessoas que falaram que eu iria morrer, ou seria o Samuel”, relembra Cléia.

Porém, tanto a mãe quanto o pai não se abalaram e encontraram na fé o caminho para manter o pensamento positivo de que tudo ia dar certo. E era desta forma que a família se preparava para a chegada do bebê, sem se abalar e mantendo a convicção de que nada iria dar errado. “Doutora, ele vai nascer com uma face perfeita!”, falou Cléia após um ultrassom onde não se aparecia o rostinho de Samuel.

Emoção e orgulho

O momento do nascimento foi de muito choro e emoção por parte da família, que recebeu a criança com a melhor das energias. O tempo passou, e as projeções que antes eram negativas com expectativas muito baixas foram se rompendo.

Atualmente, com três anos, Samuel já consegue falar, superando a projeção dos médicos que ele só desenvolveria a fala no período entre os cinco a sete anos. O pequeno também é a alegria da casa, engatinhando pela residência atrás sempre de diversão e transmitindo toda a sua energia para o resto da família.

E foi na fé que Samuel deu uma resposta a todas as energias e previsões negativas a seu respeito. Ao frequentar a igreja com seus pais, o filho mais novo aprendeu a cantar os louvores impressionando a todos que acompanham a trajetória da família.

Alegria que contagia

Tanta energia boa e alegria levaram a empresária e filantropa Odilara Barbosa a ajudar a família de Cléia e Valdair. Por meio da doação de uma mochila ao jovem Daniel, o quarto dos cinco filhos, que hoje está com seis anos, que Odilara conheceu a história da família Da Costa, juntamente com a colaboração da professora do Colégio Maria Falcon, Adriana Dallagnol. “Eu fiquei muito sensibilizada com a situação deles, quatro filhos, um menino com hidrocefalia, uma família feliz, sempre sorrindo e de bem com a vida”, conta a empresária.

Odilara também destaca a resiliência e a alegria contagiante de Cléia, Valdair e seus filhos, mesmo nos momentos mais complicados. “Quando vou na casa deles, volto com o coração preenchido de amor, carinho e valorizando muito mais a vida e tudo que Deus nos proporcionou”, enfatiza.

Gratidão, apenas gratidão

Mesmo com tudo atuando contra e com as probabilidades e expectativas alheias sempre muito baixas, Samuel segue se desenvolvendo e evoluindo cada vez mais. Em meio a todos os desafios, Cléia só possui uma palavra para definir o seu filho mais novo, “gratidão”.

Para o futuro, da família e de Samuel, o único pedido é a cura da hidrocefalia, para que o “pequeno milagre” siga da melhor forma possível a vida, sem ter que passar por momentos de dificuldade como o bullying e o egoísmo de algumas pessoas. “Eu peço um futuro bom para ele. Eu creio no milagre antes de ele ser adulto que ele vai receber”, completa Cléia da Costa.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai