A região de Frederico Westphalen registrou 813 ocorrências de crimes contra a mulher entre janeiro e setembro de 2025, conforme dados do Observatório Estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. O levantamento abrange 19 municípios e reúne informações sobre feminicídios consumados e tentados, ameaças, estupros e lesões corporais.
O crime mais recorrente é o de ameaça, que representa 546 dos casos registrados, seguido por lesão corporal, com 234 registros. Houve ainda 27 casos de estupro, quatro tentativas de feminicídio e dois feminicídios consumados.
Palmeira das Missões lidera o número total de ocorrências, com 171 registros, seguida de Frederico Westphalen, com 162. Em terceiro lugar aparece Seberi, com 72 casos, enquanto Ametista do Sul e Erval Seco registraram 42 e 39 ocorrências, respectivamente. Os menores índices foram observados em Vista Alegre (7) e Boa Vista das Missões (10).
Entre os crimes mais graves, houve feminicídios consumados em Cerro Grande e Frederico Westphalen, enquanto Iraí, Palmeira das Missões e Planalto registraram tentativas de feminicídio. Os casos de estupro somam 27 ocorrências na região, com maior concentração em Frederico Westphalen (5) e Planalto (3).
O levantamento reflete o monitoramento mensal da Secretaria da Segurança Pública do Estado, que acompanha os indicadores de violência de gênero e subsidia políticas de enfrentamento e prevenção nos municípios gaúchos.
Novo secretário foca combate aos crimes contra a mulher
O governador Eduardo Leite anunciou o coronel, Mario Yukio Ikeda, como novo secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, substituindo o delegado Sandro Caron. Ikeda, que ocupava o cargo de secretário-adjunto, terá como uma de suas prioridades o combate aos crimes contra a mulher, incluindo feminicídio e violência doméstica. Para fortalecer essas ações, contará com a experiência da delegada Adriana Regina da Costa, que assume a secretaria-adjunta e já possui atuação voltada à proteção de mulheres e crianças. O objetivo da gestão é ampliar a rede de proteção das vítimas e reforçar programas de prevenção, garantindo acesso mais rápido e eficaz aos serviços de segurança e assistência.
