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Mudanças
Reforma administrativa é aprovada no RS
Projeto reestrutura carreiras de servidores públicos e concede reajuste para agentes de segurança
Por: Victória Veiga
Publicado em: quarta, 31 de julho de 2024 às 16:07h
Atualizado em: quarta, 31 de julho de 2024 às 16:10h

Os deputados estaduais do Rio Grande do Sul aprovaram o projeto do governo Eduardo Leite, que reestrutura diversas carreiras de servidores públicos da administração direta e indireta do Estado, autoriza contratações temporárias e concede um reajuste de 12,49% aos agentes da segurança pública. O projeto é o mais abrangente dos três que compõem a reforma administrativa de Leite. A votação teve 48 votos favoráveis e dois contrários.

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Conforme a Secretaria de Planejamento, o impacto financeiro estimado pode chegar a pouco mais de R$ 8 bilhões até 2027, representando 4% do valor da folha de pagamento. O reajuste para os agentes de segurança será escalonado em janeiro e outubro de 2025 e outubro de 2026. Além disso, foram autorizadas contratações temporárias de 2.731 vagas para a Brigada Militar e 300 para o Corpo de Bombeiros Militar.

Um requerimento de preferência do governo, aprovado por 29 votos a 20, garantiu a apreciação do texto original, evitando a votação de 37 emendas propostas. Duas emendas foram retiradas.

A votação foi marcada por intensas negociações. O secretariado do governo esteve presente no Parlamento, incluindo os chefes das pastas de Planejamento, Saúde, Logística e Transportes, Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, e o adjunto da Casa Civil, Gustavo Paim. O governo prometeu futuras rodadas de negociações com classes de servidores não contempladas no projeto.

Associações de servidores apoiaram a aprovação, enquanto federações empresariais e bancadas liberais se posicionaram contra, preocupados com o impacto financeiro. Deputados de esquerda buscaram maiores reajustes e inclusão de mais classes, enquanto parlamentares ligados à segurança pública votaram a favor, mesmo insatisfeitos com a reposição salarial proposta.

Segundo o secretário-adjunto da Casa Civil, Gustavo Paim, o governo não aceitou alterações no projeto atual. "Esse é o projeto possível. Temos compromisso com o equilíbrio fiscal e prestar um bom serviço para o cidadão", afirmou.

Fonte: Jornal O Alto Uruguai